Os Domadores
Seus olhos, domadores de plantão
Felinos, sempre prontos prá atacar
Pupila se contrai, recebe minha luz
Eu respondo, involuntário o coração
Me expõe
Sua saliência me seduz
E ela, investe definida, nú querer
Pálpebras, distração, uma piscada
Brinca o olho com a presa enfeitiçada
Fita fria o sorvete em suas mãos
Que se derrete ao cálido toque labial
Saboreia por segundos
Meu prazer
Novamente meu olhar procura o seu
Divago, disperso, tonto, sem saber
Sua luz, tudo e tanto a se querer
Tanto encanto que já faz me derreter
Quebrar o gelo
uma onda a te lamber
Um voluntário, me lanço, me ofereço
Seu acato é sensual, eu me convenço
Seu sorriso, tudo, muito pode acontecer
Nú reflexo, desnibido, seu olhar
Paixão
que faz meu corpo se atrever
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