Nas tuas mãos repousa a minha vida
Falta-me um gesto teu para acordar
Pássaro triste asa enfraquecida
Sem o teu corpo céu para voar
Nas tuas mãos deixei a minha vida
Parar
Se tu pubesses tudo o que eu invento
Se adivinhasses quando eu te chamo
Amiga noiva nardo irmã lamento
Rosa de ausência q desfolho e amo
Se tu soubesses como o tempo é lento
Esperando
Tu voltarias como sol na primavera
Trazendo molhos de palavras como cravos
Trazendo o grito de uma força que se espera
Cheira a seiva medronhos bravos
Tu voltarias como a chuva no outono
Trazendo molhos de palavras como nuvens
Trazendo a calma que abre as portas para o sonho
Sempre o corpo
Sabendo a uvas
Tu voltarias cantando
Das minhas mãos renasce a nossa vida
E sei que posso falar-te a toda a hora
Basta cantar-te para possuir-te
És o sitio onde o canto se demora
Estou a inventar-te e a despedir-te
Agora agora.